Por que temos tanto medo de amar?
É incrível como criamos inúmeras maneiras de nos defender, de nos
proteger do sofrimento. Creio que passamos a maior parte de nossas vidas
criando novas e mais poderosas formas de não nos expormos. Assumimos
papéis, inventamos máscaras, palavras e trejeitos... com um único objetivo:
não sofrer.
Aprendemos, desde muito cedo, que o sofrimento chega quando estamos
expostos, vulneráveis, abertos para o outro... e isso é verdade. E, assim,
acreditamos que só há uma maneira de não sofrermos: nos fechando, nos
defendendo, nos protegendo do outro... e isso é mentira! Simplesmente
porque não existe nenhuma maneira de não sofrermos.
Proteger-nos do outro é não demonstrar o que sentimos, o quanto
amamos; é não compartilhar, não “precisar” (no sentido de admitir que
desejamos intimidade com o outro). No entanto, não nos damos conta de
que enquanto nos protegemos, tornamo-nos reféns de nós mesmos,
transformamos nosso próprio coração numa prisão. Iludidos com a
sensação de uma segurança que definitivamente não existe, abrimos mão
da possibilidade de experimentarmos sentimentos imperdíveis!
Podemos perceber que estamos nos defendendo do amor quando usamos
expressões como: “eu gostaria que ele me desse mais carinho, mas não
tenho que pedir isso!” ou “se ele não demonstra que me ama, por que eu
deveria fazer isso?”
O problema é quando norteamos nossa vida a partir do outro: “se ele não
fizer isso, eu também não faço”, “se ele não disser, eu também não digo”,
“se ele não demonstrar, eu também não demonstro”! Poxa! Que raio de
contabilidade miserável é essa? O amor não funciona desse jeito e, assim,
continuaremos todos morrendo de solidão, carência, angústia e depressão!
Que tal começarmos a agir por nossa própria conta e risco!
Sim, amar é um risco, um enorme risco, mas que não inclui apenas o
sofrimento. Neste pacote também está incluso o risco (absolutamente
provável) de sermos correspondidos, amados, respeitados, queridos e tudo
o mais que possa haver de bom no exercício de compartilhar amor.
E aí as pessoas vêm com essa: “mas eu não estarei me desrespeitando se
pedir amor, se der mais do que receber, se me expor a esse ponto?”... E eu
respondo com outra pergunta: O que é se desrespeitar? Para mim,
desrespeitar-se é fazer algo que você não gostaria de estar fazendo
ou, ao contrário, é não fazer algo que você gostaria de estar fazendo.
Portanto, a pergunta mais importante é: o que você quer fazer?
Compartilhar seu amor, dar carinho, pedir carinho, demonstrar o que sente,
falar sobre seus sentimentos? Então, faça isso! Não desperdice sua vida à
espera da “permissão” do outro. Não meça a sua capacidade de amar e de
se expor e de se tornar vulnerável a partir do outro. Assuma-se, admita-se
e, sobretudo, acolha-se!
Vá se percebendo, abrindo-se aos pouquinhos, pedindo devagarzinho...
porque assim fica mais fácil reconhecer e respeitar seu limite. E entenda
por limite a “linha” que separa o seu desejo da sua verdadeira percepção
de que já se deu o quanto gostaria de se dar. Porque, obviamente, não
estou defendendo a idéia de que você passe a vida inteira se doando para
alguém que não tem espaço para te receber. No momento em que sentir
que atingiu seu limite, aja com amor-próprio e recolha-se, para se dar a
chance de compartilhar o seu amor com alguém que tem espaço para isso.
Enfim, minha sugestão é que paremos, de uma vez por todas, de justificar
nossas atitudes (ou não-atitudes) a partir do outro. Que possamos assumir,
pelo menos para nós mesmos e se for o caso, que temos medo de sofrer e,
por isso, preferimos não nos expor, não pedir, não demonstrar, não
expressar e, tantas vezes, não amar...
Porque quando conseguirmos reconhecer esse medo, certamente nos
tornaremos mais dispostos e disponíveis para o amor. Teremos
compreendido, finalmente, que não-sofrer é impossível. Sofrer faz parte do
processo de viver, é inevitável. Mas não-amar talvez esteja sendo uma
escolha ingênua e infantil, infelizmente feita por muito mais pessoas do que
supomos.
A dica é: não desperdice sua energia e seu tempo evitando a dor. Não seja
refém de seus medos. Apenas aceite-os e lembre-se de que cada um tem
os seus; todos temos!
Aproveite sua vida amando tanto quanto desejar, tanto quanto sentir... e
tenha a certeza de que nunca será “menos” por isso. Muito pelo contrário,
estará conseguindo ser o que todos nós desejamos: corajosamente amante, amigos, humanos....
Autora:Rosana Braga colaboradora do site,Somos todos um.
Este texto foi enviado por meu amigo Danilo.
Fiquem Com Deus!
pAZ!
3 comentários francos:
Ufa! Quase nem leio o post. kkkkk
Achei que fosse uma choramingueira só. Mas, sendo Rosana Braga. Yeah!
Os textos do site são muito positivos, leves, bonitos. Dá um gás de querer ser mais, viver mais até. Gosto muito!
Detalhe que já comprei alguns livrinhos dela nas bancas. hauahaua Falava sobre almas gêmeas, estas coisas. ;p
Mas, não me deterei muito ao tema. T pq acredito mesmo no amor da mãe para o filho e só.
.....Choramingueira é ótimo! hahahaha...
minha querida...está tão cética em relaçâo ao amor não?
..será impossível amar intensamente pessoas que não sejam só da sua família?
....segue a reflexão... beijus..
OOOoo Brother puts q vibe boa ver q tu publicou o texto que mandei para vc, muitos o leêm com um certo preconceito e até medo, se muitos pudessem compreender o mesmo, estariamos com certeza vivendo em um mundo melhor, muito melhor... amar é para poucos...
Um grande abraxxx
Fica com Deus
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Respondo os comentários por aqui mesmo.
.SEja Franco e não se reprima! Opine já!